quarta-feira, 3 de julho de 2013

25. desenho e pintura

117x88 cm
1.750,00€

24. desenho e pintura


117x88 cm
1.750,00€

23. desenho e pintura


117x88 cm
1.750,00€

22. desenho e pintura

90x70 cm
1.450,00€


21. desenho e pintura

90x70 cm
1.450,00€

20. desenho e pintura

90x70 cm
1.450,00€

19. desenho e pintura

71x51 cm
900,00€

18. desenho e pintura

22x42 cm
200,00€


17. desenho e pintura

22x42 cm
200,00€

16. desenho e pintura

20x20 cm
190,00€


15. desenho e pintura

20x20 cm
190,00€


14. desenho e pintura

41x33 cm
370,00€


13. desenho e pintura

41x33 cm
370,00€


12. desenho e pintura

41x33 cm
370,00€


11. desenho e pintura


41x33 cm
370,00€


10. desenho e pintura

41x33 cm
370,00€


9. desenho e pintura

41x33 cm
370,00€


8. desenho e pintura

41x33 cm
370,00€


Texto por Casimiro Pinto


The temple bell stops
but the sound keeps coming
out of the flowers[1]
Matsuo Bashô (1644 - 1694) 


Exposição/ expressão
A minha hipótese de trabalho é que o labor do artista incorpora, com o seu génio, o indizível da natureza, estrutura-o, por assim dizer. De riscos, pinceladas, luz atirados porventura ao acaso, que o mesmo é dizer, com a emoção do momento, o artista organiza aquilo que lá não está mas, contudo, não pode estar noutro lugar  - finados os sinos do templo, continua a soar o seu som vindo das flores, dizia-se em epígrafe. É, por isso, função do auditor, do lugar do auditório, saber ouvi-lo, juntando todas as suas graças à emoção do artista.
Se a visão particular do observador, do lugar de observação, é limitada, a expressão do significado do que está a ser visto pode até ser dispensada, mas arte submetida ao olhar só alcança significado se é "terminantemente expressa".
O objecto desta exposição é o revirar,  na memória, do conceito de jardim limitado ao lado exterior dos quintais das casas ou às bordas da cidade - sempre nas margens, portanto! O fim, pouco interessa as ideias que se partilham com o artista (só mesmo a este tal assunto pode interessar) é que cada um, jardineiro, no lugar do jardim, siga com o seu caminho, continuando a surpreender-se na natureza e na cultura.

Olhador/devir
Se o que está a ser visto é ilimitado, é o seu olhador (do lugar de vigia)  que, contemplando cada obra que espera  o que cada um faz com aquilo que expressa, desvela ao autor o que realmente disse com a sua obra.
Por isso, o ato de criação é um devir. De todo o seu vagar, o locutor (no seu lugar de  falante) governa o autor e o mundo que sobre os outros o autor construiu, com o silêncio de que nasce a locução, a opinião crítica e que, por isso,  não é ausência de comunicação. Assim recupera o destinatário (do seu lugar de visitante) a posição de coprodutor de sentido e reverte o autor para a posição de audiência  (no seu lugar de ouvinte).
Afinal, a obra exposta não é apenas como a vê o seu autor, mas é sobretudo o que ele lê (do lugar de leitura) nas narrativas dos outros. A obra determina o contexto da hermenêutica exequível, mas o exercício, a escolha interpretativa, é essência da liberdade  do público (do seu lugar comum).

Obrador/autoria
Um dos maiores prazeres retirados da escrita deste texto foi a rememoração dos itinerários partilhados enquanto professores, porque o somos ambos, enquanto obradores da aprendizagem alheia. Claro que a utilização de uma palavra invoca um conjunto de ideias que se lhe associa e que ela implica. O termo "obrador" evoca a ideia de obra e de obreiro, de artífice e de artista. E tudo isto é Domingos Júnior, alguém que faz sair do seu trilho próprio as competências artísticas que domina para as trocar de lugar e de papéis, de as pôr ao serviço da vida e dos outros.
Se a obra de Domingos Júnior se oferece ao desfrute de quem a contempla, como é o meu caso, pode bem ser porque cada pintura remete para um reportório  global de imagens de uma certa realidade, ao mesmo tempo que evoca inventários pessoais da mesma realidade. Que o mesmo é dizer, como se desenvolveu anteriormente, que face a uma obra que traz em si um certo limite à interpretação e uma certa forma de colocar o conhecimento da realidade , pode cada um ser coautor com a sua interpretação, se a instar livremente com a forma particular de a pensar ativamente.
E, no meu caso, a participação nesse processo de coautoria dos "Jardins" de Domingos Júnior naturaliza-se nas memórias das brincadeiras infantis e nas experiência fraturantes da juventude que mantive longe do olhar dos adultos, nos espaços de fronteira da casa familiar, mas afastado do seu conforto. Tal como o lembro, no meu jardim cada flor era experiência de desafio, de beijo "roubado", de aventura e prazer. Um prazer e uma vaidade poder revisitar os meus jardins no conforto estético dos "Jardins" de Domingos Júnior. 

Casimiro Pinto
Doutorado em Antropologia Visual


[1] Basho, Matsuo (1972). Basho. Tradução de Robert Fly. San Francisco: Mudra.

7. desenho e pintura

41x33 cm
370,00€



6. desenho e pintura

41x33 cm
370,00€


5. desenho e pintura

41x33 cm
370,00€


4. desenho e pintura

41x33 cm
370,00€



3. desenho e pintura

41x33 cm
370,00€


2. desenho e pintura

50x20 cm
470,00€


1. desenho e pintura

50x20 cm
470,00€

Curriculo Domingos Júnior


Nascido em Moçambique em 1950 na cidade de Lourenço Marques (atual Maputo), frequentou aí o núcleo de Arte sob a orientação do pintor António Quadros entre 1964 e 1968.
Licenciado em Arquitetura pela Escola Superior Artística do Porto (ESAP), tendo finalizado os três primeiros anos do curso, na Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP).
Foi docente das disciplinas da área de Expressão Plástica do 2º ciclo do Ensino Básico desde 1978 a 2013, ano em que se reformou.
Foi docente em acumulação, na ESAP entre 1990 e 2004, onde lecionou as disciplinas de Arquitetura Contemporânea de Modelos II, Arquitetura I e Trabalho de Projeto (6º ano).
Durante os anos de 2001 a 2007, foi docente requisitado na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), nos cursos de Educadores de Infância, Professores do 1º ciclo, Arquitetura Paisagista e Engenharia Ambiental, onde lecionou as disciplinas de Expressão Plástica, Metodologia da Expressão Plástica, Manualidades Educativas, Teorias e Técnicas da Criatividade, História de Arte, Desenho, Urbanismo e Organização Biofísica do Território.
Exerceu Arquitetura desde que se formou em empresas e atelier próprio.   Participou na exposição coletiva de Arquitetura - 10 anos da CESAP - em 1993.
Menção honrosa, conjuntamente com o Arquiteto Helder Colmonero, no concurso público para recuperação de edifício para APDL - Matosinhos.
No decorrer da sua atividade profissional, expôs os seus trabalhos de pintura e desenho em mostras coletivas de professores, da qual se destaca a exposição no Castelo de São João do Porto em 1999.
Expôs individualmente pintura em 1995, em Vila Real, na Galeria do Centro de Turismo.
Realizou uma Pós-Graduação em Reabilitação de Centros Urbanos, integrado no Projeto 11 da UNESCO - O Homem e a Biosfera, em 1995.
Foi diretor-adjunto, das edições Cadernos da ESAP e do jornal O Cubo.
Realizou a parte curricular de Doutoramento, na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Valladolid, no Biénio de 1997/1998.
Foi Comissário das exposições e Coordenador, na UTAD, do IV Festival Internacional do Filme Cientifico, em 2002.
Frequentou duas formações em Ilustração Cientifica, sob orientação do mestre Fernando Correia e organizado por CIIMAR/UP, e expôs os seus trabalhos coletivamente na Galeria dos Leões, em 2010.

Realizou uma exposição intitulada "Colagens Moralistas”, na Galeria Olga Santos, em Outubro de 2013, no Porto.
Participou numa exposição colectiva "(Con)Tributos da Liberdade a Joan Miró" na Galeria Olga Santos, em Maio de 2014 e na exposição colectiva de pintura, fotografia e escultura, intitulada ”Arte nas Termas”, nas Termas da Curia Resort, de 15 de Agosto de 2014 a 7 de Setembro na, em parceria com a Galeria Olga Santos.
Participou também no VIII VERA World Fine Art Festival, na Cordoaria Nacional, em Lisboa, que se realizou de 16 a 21 de Setembro de 2014, numa parceria com a Galeria Olga Santos.